Antropologia e história sob o olhar de Jesco




Em 1918, nasce em Macaé no Rio de Janeiro, Jesco von Puttkamer. Filho de imigrantes alemães, este saudoso menino jamais imaginaria a imensa contribuição cultural, histórica e social que traria à sociedade goiana.
Na juventude Jesco estudou química na Universidade de Breslau, na Alemanha e viveu os horrores da Segunda Guerra Mundial. Fugitivo, ele voltou ao Brasil e integrou a função de assessor de imigração em Goiás.

Jesco P
uttkamer é conhecido por registrar em fotografia e vídeo a construção da nova capital do Brasil, Brasília e principalmente por viajar ao interior do país conhecendo grupos de diversas etnias indígenas. Ele juntou um imenso acervo histórico dotado de filmes, fotografias, gravações e diversos artefatos advindos dos povos indígenas, que foram doados à Universidade Católica de Goiás, onde trabalhou até 1994, ano de sua morte. Com a reunião de tal acervo formou-se o Centro Cultural Jesco Puttkamer, que é administrado pelo Instituto Goiano de Pré-história e Antropologia (IGPA).

Aquele que visita o Centro Cultural pode observar uma mostra de objetos pré-históricos e históricos que foram encontrados em sítios arqueológicos de Goiás e do Centro-Oeste. Observam-se materiais compostos principalmente por argila e rocha, podendo-se destacar pontas de flechas, machados, raspadores, vasilhames de uso domiciliar, urnas funerárias entre outros. Não só peças pré-históricas são expostas, materiais industrializados como louças, vidros e metais também são mostrados ao público.

Além de objetos advindos de sítios arqueológicos, o IGPA, reuniu uma exposição que apresenta à população um pouco da cultura indígena. Os administradores do Centro Cultural afirmam que o objetivo desta mostra é fomentar a recuperação, conservação, preservação da cultura material dos povos indígenas, além de gerar debate social sobre a diversidade cultural brasileira, mostrando ao público as diferentes formas de expressões materiais.


O estudante Gustavo Pedro Félix, de doze anos veio pela primeira vez ao Centro Cultural Jesco Puttkamer e garante que notou as diferenças insinuadas pelos organizadores da mostra. “Aqui é muito legal. Eu vi um monte de enfeites que os índios usam, são diferentes dos colares que a minha irmã usa, mas são bonitos também”, enfatiza o estudante.

Além das exposições fixas como a dos grupos indígenas, o IGPA, promove exposições temporárias com o intuito de proporcionar mais diversidade cultural à população goianiense, promovendo atividades artísticas, recreativas e pedagógicas, difundindo rente à sociedade a importância de se preservar a história e de se conhecer outras formas de expressão cultural.

Aquele que visitar o Centro Cultural Jesco Puttkamer, encontrará 650 peças, das quais cerca de 250 são mostradas ao público. A exposição foi formada através da interdisciplinaridade fundamentada nos instrumentos e recursos antropológicos, históricos, arqueológicos, valoriza-se também o meio ambiente e as artes visuais, repaginando os conceitos habituais da museologia.


Para conhecer mais:
Avenida T-3, número 1732 – Setor Bueno
Fone: 3251 0721

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